Uma carrinha de caixa aberta, uma retroescavadora e um carro de alta cilindrada bastam para arrancar uma caixa multibanco e fugir. Foram estes os meios utilizados ontem por um grupo de cinco assaltantes que sacaram um multibanco de uma cooperativa de Setúbal. Faltou-lhes a rapidez e, a chegada da PSP, não permitiu que carregassem a máquina para a carrinha. A caixa multibanco ficou no local e os assaltantes fugiram. Uma fonte contactada pelo CM não descarta a hipótese de haver ligações ao grupo espanhol que é suspeito de ter morto um chefe da PSP no Algarve. Por outro lado, sublinha que outros grupos poderão ter “copiado a técnica” dos primeiros. O nosso jornal sabe que já apareceram em Espanha mais que uma caixa multibanco roubadas em Portugal. Eram 05h30 quando António (nome fictício) passou na Avenida Bento de Jesus Caraça. Estranhou ver uma retroescavadora a circular sem iluminação, mas seguiu caminho, para levar um amigo a casa. No regresso, junto à cooperativa Pluricoop, abrandou o carro para ver o que se passava e começou a ser apedrejado – a máquina estava a ser manobrada por cinco homens que tentavam arrancar a caixa multibanco. António acelerou e só parou na esquadra mais próxima. Quando a PSP de Setúbal chegou à cooperativa, apanhou os assaltantes em flagrante. Os cinco homens enfiaram--se num BMW e fugiram em direcção à variante que dá acesso ao Algarve e a Lisboa. Aparentemente não estavam munidos de armas de fogo, já que recorreram a extintores que accionaram contra a polícia – o pó fez os perseguidores abrandarem e os ladrões conseguiram escapar. Deixaram para trás a carrinha de caixa aberta e a retroescavadora furtadas, assim como a caixa multibanco toda partida, mas com dinheiro lá dentro. “Os agentes da PSP ainda efectuaram alguns disparos, mas não conseguiram imobilizá-los”, disse ao CM fonte da PSP de Setúbal. Suspeita-se que um dos assaltantes tenha ficado ferido. Segundo o gerente da loja, a caixa multibanco foi atestada anteontem à tarde.
PORMENORES
CARRINHA
Os assaltantes furtaram a carrinha Toyota e a retroescavadora em Setúbal. A carrinha pertence a um construtor civil e a retroescavadora foi furtada numa obra. Foram recuperadas.
ARMAS
As autoridades suspeitam que os assaltantes não tivessem armas de fogo, por isso recorreram a pedras para afugentar a testemunha e a extintores para despistar a polícia.
GORADO
Há cerca de dois meses a GNR impediu um assalto idêntico num posto de combustível na zona de Sesimbra. Os cinco assaltantes fugiram e não conseguiram levar o multibanco.
VALOR ESTÁ EM SEGREDO
As empresas de segurança e as entidades bancárias não avançam com o valor que é colocado nas caixas multibanco por questões de segurança. O CM sabe que esse montante difere conforme o local onde está a caixa multibanco (se num centro comercial, se numa dependência bancária, por exemplo). Este ano há registo de dezenas de tentativas e de assaltos consumados a multibancos. O assalto de ontem não deixou apenas destruída a caixa multibanco. Apesar de esta não estar sob a responsabilidade da cooperativa, os estragos do estabelecimento foram elevados. “Conforme arrombaram a porta de vidro, com estrutura metálica, ela tombou sobre as janelas. Ficou a entrada toda destruída”, disse o gerente Aníbal Rebolo.
Não é só em Setúbal que estas situações ocorrem! Lisboa está, infelizmente, cada dia mais perigosa! Vou abusar da linguagem e afirmar exponencialmente cada vez mais perigosa!
A casa onde viveu e morreu o escritor Almeida Garrett, em Campo de Ourique, Lisboa, começou hoje a ser demolida, disse à agência Lusa um membro do movimento Fórum Cidadania.
A demolição do edifício é o culminar de um longo processo de avanços e recuos na decisão de deitar abaixo o imóvel situado nos números 66 a 68 da Rua Saraiva de Carvalho. (...)
O edifício que hoje começou a ser destruído vai dar lugar a um condomínio de habitação com apartamentos luxuosos, promovido pelo proprietário do prédio, o actual ministro da Economia, Manuel Pinho. (...)
Como actual presidente do executivo camarário, Carmona Rodrigues justificou a decisão de autorizar o proprietário a demolir o imóvel com a inexistência de interesse da autarquia na preservação do edifício, além da falta de dinheiro para a sua transformação numa casa-museu, a aquisição de um espólio e o pagamento de contrapartidas a Manuel Pinho.
Que pensam acerca disto?
Quanto a mim, e já que o país está tão mal de finanças, talvez o melhor fosse começar a destruir o Mosteiro dos Jerónimos, para construir um campo de golfe, e por aí em diante, de forma a rentabilizar todos os espaços que, apesar de importantes do ponto de vista cultural e histórico, não geram grandes lucros. Isto, claro está, numa primeira fase, porque depois de esgotado o nosso património, venderíamos Barrancos a Espanha, para não termos complicações com touros mortos na arena, deixando para o fim o negócio mais lucrativo: a venda da Base das Lajes aos Estados Unidos (acho que eles iam pagar uma boa massa por aquele pedaço de terra que na verdade é mais deles do que nosso)... Assim sim, estariam reunidas as condições para tornar o país mais rico na carteira e mais pobre no espírito...
sinceramente, esta questão em torno da casa do Garrett não me diz muito
não é que eu ache que a casa deva ser demolida, apenas acho que não há motivo para preservar todas as casas por onde passaram todos os grandes artistas nacionais, a menos que se tenha de facto um projecto para elas
se por algum motivo a casa tiver valor arquitectónico que mereça ser protegido, isso deve ser considerado independentemente de lá ter vivido ou não um artista de relevo
e agora, dando continuidade a este tópico, a "minha notícia" de ontem:
Portugal é o 13.º maior detentor de reservas de ouro
Portugal encerrou o ano de 2005 como o 13.º maior detentor de reservas de ouro, informou hoje o Conselho Mundial deste metal precioso, que divulgou uma listagem com 110 membros.
O Conselho Mundial do Ouro divulgou hoje no seu endereço electrónico a listagem oficial das reservas de ouro, em que Portugal aparece com 407,5 toneladas, as quais representam 58,2 por cento das reservas externas do País.
Se se excluírem da listagem o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu, que ocupam respectivamente a terceira e a oitava posição, Portugal surge como o 11.º país com mais reservas de ouro.
Quando a perspectiva é a do peso do ouro no total das reservas externas do país, Portugal sobe para o 5.º lugar.
Os EUA são o país com mais toneladas de ouro (8.133,5) e aquele em que este metal precioso mais peso tem nas reservas externas, ao representar 67,5 por cento destas.
A informação divulgada não contempla qualquer país de língua oficial portuguesa, com excepção do Brasil, que surge na 56.ª posição, com 13,6 toneladas, correspondentes a 0,3 por cento das suas reservas externas.
Reservas de ouro, toneladas e respectiva percentagem das reservas externas, 2005 País.............Toneladas...% reservas externas 1. EUA............8.133,5...........67,5 2. Alemanha.......3.427,8...........52,4 3. França.........2.856,8...........59,3 4. Itália.........2.451,8...........59,4 5. Suíça..........1.290,1...........35,2 6. Japão............765,2............1,4 7. Países Baixos....716,9...........52,4 8. China............600,0............1,2 9. Espanha..........472,5...........42,8 10. Taiwan..........423,3............2,5 11.PORTUGAL........407,5...........58,2
Fonte: Conselho Mundial do Ouro.
Reservas de ouro, percentagem das reservas externas e respectivas toneladas, 2005 País............... reservas externas...toneladas 1. EUA......................67,5...........8.133,5 2. Grécia...................66,7.............107,9 3. Itália...................59,4...........2.451,8 4. França...................59,3...........2.856,8 5. PORTUGAL.................58,2.............407,5 6. Alemanha.................52,4...........3.427,8 7. Países Baixos............52,4.............716,9 8. Espanha..................42,8.............472,5 9. Áustria..................36,7.............302,5 10. Suíça...................35,2...........1.290,1
Fonte: Conselho Mundial do Ouro.
Lusa
um tanto surpreendente; julgava que esta "herança salazarista", a exemplo de outras, tinha sido totalmente delapidada por alturas do 25 de Abril