Em muitas canções da Eurovisão, nos deparamos c/ homenagens explícitas a grandes vultos da História, locais, acontecimentos, personagens fictícias, etc., etc..
Algumas delas foram muito bem conseguidas; outras, nem por isso!!
O que eu vos quero perguntar é quais foram, na vossa opinião, as homenagens mais mal-conseguidas na História do ESC, nas seguintes categorias:
Personagem reais da História: Chaplin (Charlie Chaplin, Grécia'1978 - Não é uma canção que odeie, mas refere-se a um grande ídolo que tenho e, no meu ver, foi uma homenagem paupéerima.)
Locais: Lua (The moon, Roménia'2000)
Acontecimentos: Explosão da bomba atómica (Nuku pommiin, Finlândia'1982)
Personagens fictícias: Pierrot (Mon ami Pierrot, Mónaco'1959)
Peu Pedro wrote: Então, ninguém tem opinião? Sinceramente, nao ando muito inspirado para responder ao teu desafio...
Pudera... depois de um reveillon certamente duríssimo... eu também sinto dificuldades em responder ao teu desafio... mas aqui vai...
Não se trata propriamente de uma homenagem, porque a canção em questão não se refere a ele, mas de uma referência a um escritor de que gosto muito: José Saramago! A canção é, como todos sabem, "Antes do Adeus", interpretada por Célia Lawson. Eu até acho que se trata de um belo poema de Rosa Lobato Faria, mas um escritor reputadíssimo como José Saramago certamente merecia mais do que uma frase apenas, que ainda por cima foi dita por 4 pseudo-cantores de óculos escuros,que só a muito custo conseguiam falar e simultaneamente estalar os dedos... Talvez tudo tenha sido intencional, e que o aspecto do coro masculino seja uma referência ao "ensaio sobre a cegueira". Na verdade, tal como acontece nesta obra, Célia Lawson viu tudo branco, ou pelo menos o placard com os resultados finais.
Não pensem que não gosto da Célia Lawson. Acho que a classificação foi injusta e que ela merecia uma canção melhorzita, mas olha,... não foi isso que aconteceu,... e agora não há nada a fazer!
no esc não se fazem homenagens, aproveitam-se é figuras históricas, lugares, factos, para que canções caiam do céu
posto isto, aí vai dose
França 61, "Printemps, avril carillonne": o tempo primaveril pode ser propício a reacções alérgicas, mesmo assim não merecia tanto
Alemanha 62, "Zwei kleine Italiener": eles - os italianos - podem ser convencidos, imprevisíveis, arrebatados, mas estão longe de ser irritantes
Mónaco 69, "Maman, Maman": com filhos assim...
Reino Unido 74, "Long live love": é mesmo, long live love - de preferência, longe de coisas como esta
Suíça 76, "Djambo, Djambo": como se os palhaços destes mundo por si só já não andassem bastante deprimidos
França 78, "Il y aura toujours des violons": haverá sempre violinos, porcarias destas - felizmente - é que não
Israel 79, "Hallelujah": depois disto o "aleluia" pascal nunca mais voltou a ser o mesmo...
Países Baixos 79, "Colorado": tá bem que eles são americanos, têm pena de morte e o que mais convir, mas isto?!
Luxemburgo 80, "Papa pingouin": animaizinhos amorososos - "La Marche de L’Empereur" sim, aberrações não
Luxemburgo 85, "Children, Kinder, enfants" - realmente, as crianças às vezes sabem ser terríveis; Ralph Siegel e companhia limitada é que não - são-no todos os dias
Itália 87, "Gente di mare": já não bastava arriscarem-se a morrer em pleno oceano para ter do que comer...
Israel 88, "Ben 'adam": supostamente, uma ode aos DEFEITOS (e virtudes) da existência humana
Alemanha 88, "Lied für einen Freund": eu é que não queria estar na pele do tal "amigo"
Malta 92, "Little child": pobres crianças, que já passavam por tanto
Suécia 93, "Eloise": dá para compreender o porquê da Eloísa não lhes ligar um corno
Austria 93, "Maria Magdalena": podia ser mulher de má vida, mas já dizia o senhor, quem nunca pecou que atire a primeira pedra
Bósnia 95, "Dvadeset prvi vijek": felizmente que o século XXI que chegou para ele não foi o mesmo que chegou para nós
Noruega 96, "I evighet": o "amor eterno", em tudo o que tem de mau
Irlanda 97, "Mysterious woman": com canções assim, dá para perceber o porquê de para ele as mulheres se afigurarem misteriosas - simplesmente evitam-no!
Alemanha 97, "Zeit": tempo, tempo, tempo, de facto um enorme desperdício de tempo
Irlanda 2000, "Millennium of love": outro para quem o novo milénio ainda não chegou
Dinamarca 2000, "Fly on the wings of love": supostamente era uma homenagem aos encantos das mulheres mais velhas; lá velhos eles eram, agora o resto
Ucrânia 2005, "Razom nas bahato": o lado negro da revolução que foi laranja
sobre os exemplos até agora apontados, tratem-se
"Nuku pommiin" e "Mon ami Pierrot" pure genious
"The moon" e "Charlie Chaplin" claramente acima da média
quanto ao "Antes do adeus", tenho para mim a teoria de que o Saramago só foi nobel no ano seguinte graças à referência que lhe foi feita meses antes no ESC
tá-se mesmo a ver os membros da real academia sueca a seguir o seu ESCzito de sempre, entre meio tremoço e duas páginas de Hegel, e a pela primeira vez darem conta da existência desse tal de Saramago por via das palavras da máfia dos óculos de sol